Pessoas comuns, focadas no desenvolvimento de tecnologia extraordinária.
Um projeto de IoT que dá suporte às pessoas e um team leader que diariamente dá suporte a uma equipa.
O corpo humano não é programável. Os computadores sim
Desde pequenino que tenho inclinação para duas áreas: Medicina ou Engenharia. Por um lado, fascinavam-me questões ligadas ao corpo humano, por outro, desmontar e montar coisas - carrinhos, motores e outras coisas que recebia – era um dos meus maiores hobbies. Quando chegou aquela altura de fazemos os testes psicotécnicos os resultados coincidiram com as minhas preferências e continuei na dúvida. De qualquer forma, tinha uma prima minha que estava em medicina e fui-me apercebendo que eram muitas horas em frente aos livros e muito para decorar – algo que não é o meu forte, prefiro perceber a decorar. Desta forma, como tive computadores desde pequenino e desde sempre gostei de explorar as funcionalidades dos computadores para além do básico, acabei por decidir ir para engenharia onde continuo a desmontar e montar coisas.
Telecomunicações, sequenciação de genomas e uma vontade insaciável de evoluir
Acabei a universidade e fui para a Alemanha onde estive 6 meses num laboratório de investigação na área da segurança em redes veiculares. No final do projeto voltei para Portugal, sobretudo por questões familiares. Queria estar mais perto das pessoas de quem gosto. Aproveitei o regresso para agarrar a oportunidade de trabalhar na área de bioinformática e na sequenciação de genomas. Trabalhei um ano neste projeto findo o qual optei por regressar ao mundo académico onde trabalhei em projetos europeus e empresariais na área da mobilidade em telecomunicações. Durante este período saí da minha zona de conforto e aproveitei uma oportunidade para dar aulas a cursos de especialização tecnológica. Esta experiência a dar aulas foi, sem dúvida, extremamente enriquecedora e ajudou a definir o meu percurso de team leader. Ao fim de dois anos e meio acabei por me sentir desafiado pelo mundo empresarial e fui trabalhar no desenvolvimento de um sistema de gestão de redes. Ao fim de quatro anos senti a necessidade de crescer profissionalmente e a Bosch, depois de um processo que durou 4 meses, acabou por me convencer que teria esse espaço de crescimento.
E esta foi uma das razões que me convenceram a vir para a Bosch. Sinto que as expectativas não foram defraudadas e a equipa Bosch respeita as novas ideias e apoia a possibilidade de moldar o futuro através delas.
Um engenheiro de relações
Neste momento o desenvolvimento é algo que não faz parte do meu dia-à-dia. Como adquiri funções de product owner do connected products portal, que é o projeto em que a minha equipa está envolvida, passo o meu dia a falar com stakeholders e com colegas de outros países para perceber as necessidades do mercado. As conversas com stakeholders internos são muito importantes para perceber de que forma os serviços/produtos que a minha equipa desenvolve podem dar suporte a outros produtos comercializados pela empresa. Esta é a componente Business do meu dia-à-dia. Por outro lado, e acho que essa é a função mais importante, passo bastante tempo a falar com os colegas de equipa, a tentar perceber quais as expectativas deles, como é que o trabalho está a correr, como é que eu os posso ajudar a remover bloqueios no desenvolvimento e a atingir os seus objetivos profissionais.
Perfil
O meu objetivo é criar tecnologia que faça parte da vida das pessoas de forma a que elas não se apercebam que existe, mas que seja confortável para elas. Quanto menos intrusivas forem as tecnologias melhor. O ideal é que nós saibamos cada vez menos que as tecnologias estão lá. Esse é para mim o verdadeiro propósito da IoT.
Emanuel concluiu o curso de Engenharia de Computadores e Telemática em 2006, pela Universidade de Aveiro. Tinha menos de 10 anos quando começou a mexer em computadores e a programar através dos manuais de código. Cedo se apercebeu que este era o caminho que queria seguir e hoje, aos 36 anos de idade, é Team Leader for Software Development na Bosch em Aveiro
Estar sempre um passo à frente
Nós temos uma plataforma de IoT que faz a gestão de produtos nas casas das pessoas. O back-end dessa plataforma é desenvolvida em Java, utilizando essencialmente a toolkit Vert.x e a parte de front-end é desenvolvida em Angular 1, mas estamos a transitar para Angular 2+.
Gosto de desafiar a equipa em termos de desenvolvimento para que esteja sempre atualizada em termos tecnológicos. Isto tem múltiplas vantagens. A eficiência das nossas aplicações e a própria motivação da equipa. Se deixarmos de estar tecnologicamente atualizados corremos o risco de os colegas quererem sair e ao contratar alguém vai ser mais complicado, porque ninguém quer trabalhar com tecnologias obsoletas.
O meu objetivo é criar tecnologia que faça parte da vida das pessoas, que lhes traga conforto, sem que elas se apercebam que a tecnologia está lá. Quanto menos intrusivas forem as tecnologias à nossa volta melhor. Desta forma, através do conforto que potenciamos e da simplicidade de operação, tornamo-nos indispensáveis para a vida de todos os nossos utilizadores.
Uma máquina do equilíbrio
Eu gosto de fazer de tudo um pouco. Como gosto bastante da área tecnológica, passo algum do meu fora do trabalho em projetos pessoais para perceber o mercado e as tecnologias. Gosto de experimentar novas atividades, mas admito que ainda não encontrei aquela que me permita elege-la como a preferida. Andar de bicicleta, ténis, vela, guitarra, ler, cinema, sair com os amigos… São atividades, entre muitas outras, que preenchem o meu calendário quando não estou a desenvolver tecnologia para a vida.
Esta dinâmica é algo que faz parte da minha personalidade e entre o trabalho e o lazer sei que consigo ter um equilíbrio em que consigo ter momentos de convívio com família, outros só meus e tudo isso faz com que a minha atividade também seja mais produtiva.