Bosch reduz em 27% as emissões de CO2 em toda a cadeia de valor
Novos objetivos climáticos, avanços tangíveis na eficiência energética e um modelo de negócio mais respeitador do planeta
- Desde 2020, o Grupo Bosch, com mais de 450 localizações em todo o mundo, é neutro em carbono (âmbitos 1 e 2).
- Desde 2018, a Bosch reduziu em 27% as suas emissões de CO₂ em toda a cadeia de valor e estabeleceu um novo objetivo: uma redução de 30% até 2030.
- Em 2024, 99,5% da eletricidade consumida pela Bosch teve origem em fontes renováveis.
- Mais de 7.000 projetos de eficiência energética permitiram poupar o equivalente ao consumo anual de cerca de 300.000 lares.
- A Bosch aposta na economia circular: remanufatura centenas de milhares de peças, aluga eletrodomésticos e reutiliza metais críticos.
Lisboa, Portugal – A Bosch, fornecedora líder mundial de tecnologia e serviços, consolidou a sua posição como uma das empresas industriais mais comprometidas com a sustentabilidade. No seu Relatório de Sustentabilidade de 2024, a empresa apresenta progressos reais na redução de emissões, transição energética, circularidade, diversidade e impacto social. "Na Bosch, não queremos apenas crescer, mas fazê-lo de forma responsável, minimizando o nosso impacto no ambiente e gerar valor para as pessoas", afirma Stefan Hartung, presidente do conselho de administração.
Mais eletricidade verde e menos emissões
Desde 2020, a Bosch é neutra em carbono nas mais de 450 localizações que possui em todo o mundo. Ou seja, as suas fábricas e escritórios já não geram emissões líquidas, graças a quatro pilares: aumento da eficiência energética, produção própria de energia a partir de fontes renováveis, compra de eletricidade verde e, como último recurso, utilização de créditos de carbono para compensar as emissões residuais de CO₂.
Assim, em 2024, 99,5% de toda a eletricidade utilizada pela Bosch teve origem em fontes renováveis, tendo sido gerados 197 GWh de energia verde nas suas próprias instalações — o equivalente ao consumo de 60.000 lares. Além disso, a Bosch conseguiu reduzir, em cinco anos, 123 milhões de toneladas de CO₂ na sua cadeia de valor, o que equivale às emissões anuais de países como a Bélgica. Com este progresso, a empresa eleva a sua meta: reduzir em 30% as suas emissões indiretas até 2030, independentemente do seu crescimento.
Eficiência energética com impacto real nas fábricas e escritórios
A Bosch realizou mais de 7.000 projetos de eficiência energética desde 2019, com uma poupança total de 1.144 GWh. Isto equivale ao consumo de energia elétrica de uma cidade como Valladolid durante um ano inteiro.
Só em 2024 foram lançados mais de 1.100 novos projetos, como o sistema de gestão inteligente de energia na sua fábrica de Łódź (Polónia), que permitiu reduzir em 31% o uso de aquecimento. Além disso, a Bosch alocou um orçamento específico de 1.000 milhões de euros até 2030 para continuar a otimizar o consumo de energia.
Economia circular: produtos que duram mais e poluem menos
A estratégia de economia circular da Bosch vai além da reciclagem. A empresa redesenha os seus produtos para que consumam menos materiais, possam ser reparados e tenham uma segunda vida útil:
- O programa Bosch eXchange permite substituir peças de veículos por versões remanufaturadas.
- Os acessórios de ferramentas elétricas incorporam até 20% de carboneto reciclado, reduzindo a procura de materiais como o tungsténio e o cobalto.
- Com a BlueMovement, os utilizadores podem alugar máquinas de lavar e frigoríficos, reduzindo o impacto ambiental e promovendo a reutilização.
Gestão da água e proteção da biodiversidade
Nas regiões do mundo onde a água é escassa, a Bosch reduziu o seu consumo em 28,5%, superando já o objetivo estabelecido para 2025. Em 2024, reduziu também o volume de águas residuais, reforçando o seu compromisso com o meio ambiente.
A empresa aplica ainda ferramentas de análise climática e de biodiversidade nos mais de 450 centros que possui, para avaliar riscos como secas ou tempestades e adaptar as suas operações ao contexto ambiental.
Mais diversidade, direitos humanos e segurança no trabalho
A Bosch promove uma cultura baseada no respeito, na inclusão e no desenvolvimento de talento. Em 2024, 20,4% dos cargos de direção eram ocupados por mulheres, com o objetivo de atingir os 25% até 2030. Além disso, a taxa de acidentes de trabalho desceu para 1,46 por milhão de horas trabalhadas – o valor mais baixo até à data.
No que diz respeito aos direitos humanos, mais de 80% dos fornecedores diretos foram avaliados em termos de sustentabilidade e cumprimento de normas sociais. A Bosch realiza auditorias periódicas e aplica critérios rigorosos de diligência devida em toda a sua cadeia de abastecimento.
A sustentabilidade também se vive internamente: desde 2014, mais de 34.000 cargos de liderança receberam formação específica e, todos os anos, se realizam eventos globais como a “World Tour of Sustainability”, que em 2024 apresentou mais de 270 iniciativas de equipas locais. Os “Sustainability Awards” distinguem anualmente os projetos mais inovadores nas áreas da eficiência energética, segurança, produto sustentável e cultura corporativa.
Compromisso social: ajuda direta e fundações ativas
A Bosch considera essencial o seu papel como cidadã corporativa. Em 2024, destinou 25,8 milhões de euros a causas sociais, incluindo situações de emergência como as inundações em Espanha, onde ativou donativos tanto para a Cruz Vermelha como para autarquias locais.
Além disso, a empresa mantém fundações ativas na Índia, Brasil, China, Roménia, México e Estados Unidos, que apoiam programas educativos, ambientais e de coesão social.
Objetivos 2030: metas claras para um impacto positivo
Com vista ao final da década, a Bosch definiu um caminho a seguir com metas concretas que reforçam o seu compromisso com uma transformação empresarial sustentável e mensurável.
Um dos objetivos mais ambiciosos é a redução de 30% nas emissões indiretas de CO₂ (âmbito 3), tendo como referência o ano de 2018. Este corte será aplicado a toda a cadeia de valor, desde os fornecedores até à utilização dos produtos pelos clientes.
No que diz respeito à energia, a Bosch propõe-se atingir os 400 GWh de energia renovável gerada internamente nas suas próprias instalações, principalmente através de painéis solares. Além disso, a empresa pretende que 100% da eletricidade consumida a nível mundial tenha origem em fontes renováveis, consolidando assim a sua posição de liderança na transição energética.
Outro dos grandes focos será a eficiência: a Bosch prevê acumular uma poupança energética de 1,7 terawatts-hora (TWh) entre 2019 e 2030, o que equivale aproximadamente ao consumo anual de mais de meio milhão de lares.
Relativamente aos recursos naturais, a empresa compromete-se a reduzir em 25% o seu consumo de água nas regiões do mundo com maior escassez hídrica. Paralelamente, continuará a reforçar os seus padrões de saúde e segurança no trabalho, com o objetivo de reduzir a taxa de acidentes laborais para menos de 1,45 por cada milhão de horas trabalhadas.
A igualdade é também uma prioridade: a Bosch pretende que, até 2030, pelo menos 25% dos seus cargos de liderança sejam ocupados por mulheres. Na cadeia de fornecimento, será feita uma avaliação de 100% dos fornecedores considerados de risco, com base em critérios de sustentabilidade e direitos humanos, garantindo o cumprimento de elevados padrões éticos.
Por fim, a economia circular será transversal a todas as divisões do grupo. A Bosch continuará a redesenhar produtos, a expandir os serviços de remanufactura e a promover a reutilização de materiais, de forma a reduzir ao máximo a sua pegada ecológica.
Estas metas consolidam a Bosch como uma das empresas industriais mais comprometidas com o equilíbrio entre inovação, competitividade e sustentabilidade global.
Instalação do parque geotérmico em Braga: exemplo do contributo de Portugal para a descarbonização do Grupo
A sustentabilidade é um compromisso assumido pela Bosch a nível global, e também em Portugal têm sido implementados vários projetos para responder às metas definidas pelo Grupo.
Um dos projetos mais impactante está relacionado com a construção do parque geotérmico na unidade de Braga, que veio ajudar a eliminar a necessidade de gás na localização, passando esta a utilizar exclusivamente energias renováveis, produzidas através de recursos não esgotáveis e que o planeta nos oferece gratuitamente, tais como: vento, sol, força das marés, energia geotérmica do planeta, entre outras.
Desenvolvido e implementado entre 2022 e 2023, este projeto de descarbonização da Bosch em Braga materializou-se através da instalação de um sistema de bomba de calor geotérmica, que se traduz na combinação ente uma bomba de calor e neste caso, 140 sondas geotérmicas levadas até uma profundidade de 133 metros, e assume-se como sendo uma das maiores centrais geotérmicas em Portugal Continental. Através das sondas geotérmicas e de bomba de calor de condensação a água, este sistema tem a capacidade de fornecer energia térmica em arrefecimento ou aquecimento de uma forma mais eficiente e económica do que qualquer outro sistema convencional. O recurso a este sistema geotérmico veio proporcionar uma redução muito significativa em emissões de carbono, estimando-se esta em cerca de 600 toneladas de CO2 por ano.
A instalação do sistema geotérmico integra-se no plano alargado de transição energética da empresa, e do seu conceito base fazem ainda parte um conjunto de medidas adicionais, que passam por diferentes soluções complementares de: recuperação de energia da infraestrutura já existente, nomeadamente dos equipamentos de produção de ar comprimido e de produção de água fria; sistemas de bomba de calor e chillers de elevada eficiência sazonal; e a permanente monitorização e otimização da gestão técnica dos edifícios, de forma a tornar o controlo dos sistemas de AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar-Condicionado) mais autónomos e eficientes. Combinadas, estas medidas equivalem a uma poupança de aproximadamente 5.740 MWh de gás natural, o que corresponde a uma redução anual das emissões de 1.160 toneladas de CO2.
Relatório de Sustentabilidade 2024 disponível aqui.