Bosch aposta em Aveiro para produção de bombas de calor
300 novos postos de trabalho em 2023 e previsão de duplicação da faturação a médio prazo
- Instalação de nova linha de produção posiciona a unidade de Aveiro como uma das principais localizações da Bosch para produção de bombas de calor;
- Produção deverá arrancar no primeiro semestre de 2023;
- Prevista a criação de 300 postos de trabalho numa primeira fase;
- Negócio das bombas de calor é estratégico para a Bosch na transição para formas de aquecimento alternativas e sustentáveis.
A Bosch reforça o negócio da unidade de Termotecnologia em Aveiro com a instalação de uma nova linha de produção de bombas de calor, que significa um investimento total de 12 milhões de euros realizado em duas fases distintas, e a criação de cerca de 300 postos de trabalho. A instalação desta nova linha de produção de bombas de calor vai ao encontro da estratégia de transição energética da empresa e da aposta do Grupo na área da Termotecnologia. “Esta é uma excelente notícia não só para a nossa unidade de Aveiro, como também para região e até mesmo para a economia do país. Estamos a falar em mais capacidade de produção, mais postos de trabalho, e sobretudo do facto da Bosch em Aveiro assumir cada vez mais um papel preponderante naquele que é o futuro das soluções de aquecimento e da termotecnologia”, afirma Jónio Reis, administrador da Bosch em Aveiro.
Atualmente a Bosch Aveiro produz a unidade interior - designada de IDU - para as bombas de calor de ar e água numa única linha de produção. Com esta nova linha de produção passará também a produzir a unidade exterior da bomba de calor (a ODU). A previsão é que a produção arranque já no próximo ano, durante o primeiro semestre de 2023, com o objetivo de chegar às 150 mil unidades anuais, mas com a perspetiva de que esse número aumente a médio prazo para as 400 mil unidades.
O aumento significativo da procura deste produto e as previsões otimistas para o futuro, a curto e médio prazo, conduziram já à implementação de exigentes medidas na atual linha de produção em Aveiro, nomeadamente a duplicação da capacidade de produção através de investimento em equipamentos adicionais, de forma a responder à previsão de vendas de 37 mil unidades já para este ano, um crescimento de 131% em relação a 2021, e ainda na implementação de uma segunda linha de montagem para a produção da IDU da nova família de bombas de calor, com data de lançamento prevista para o último trimestre deste ano, cuja capacidade para produção é de aproximadamente 60 mil unidades por ano.
“Estes investimentos, assim como o aumento da nossa capacidade de produção e do número de colaboradores, é um evidente sinal da aposta da Bosch em Aveiro, e significa que esta localização se torna numa das principais para a produção e desenvolvimento de bombas de calor dentro do Grupo Bosch”, explica Jónio Reis. “A médio prazo previsão é de quase duplicarmos a nossa faturação. Além disso, não nos podemos esquecer que a produção aliada à aposta em I&D destas soluções se irá traduzir na contratação de perfis altamente especializados. Tudo isto com impacto direto não só nos resultados da unidade Aveiro, como também na dinamização da economia e na atração de talentos de toda a região”, reforça o administrador da Bosch Aveiro.
Termotecnologia: a forte aposta da Bosch no negócio de bombas de calor
Para a Bosch a transição para formas de aquecimento alternativas começa com a bomba de calor, idealmente alimentada por eletricidade verde, e prova disso é o recente anúncio feito pela empresa relativo ao investimento de mais 300 milhões de euros no negócio de bombas de calor até meados da década.
A tecnologia de bomba de calor é assente no ciclo termodinâmico de compressão de vapor através do uso de gases refrigerantes. Este ciclo permite que a bomba de calor crie mais energia térmica do que consome energia elétrica. Deste modo, a bomba de calor traz então uma vantagem adicional com maior eficiência comparando com os tradicionais aparelhos elétricos de aquecimento, contribuindo para reduzir significativamente a pegada ambiental e ao mesmo tempo manter o conforto das nossas casas.