"Para mim poder trabalhar numa equipa assim é bastante recompensador."

Horácio Pires é formado em Engenharia Eletrotécnica e Computadores pela FCT/UNL. Na Bosch desde 2021, trabalha como Data Analyst no departamento de IT, aplicado ao departamento central de Recursos Humanos.

A sua maior fonte de motivação é aprender sempre mais sobre as suas áreas de interesse, seja ou não relacionado com a sua profissão. Defende que o saber não ocupa lugar e que mesmo com as rotinas do dia-a-dia é sempre importante manter a mente ativa e interessada, sendo que esta abordagem o mantém criativo e focado na sua vida profissional.

A minha carreira começou em 2015 e logo desde o início comecei a trabalhar com dados. O principal foco era tirar o máximo partido destes dados para ajudar o negócio em que estava inserido a tomar decisões data driven (inicialmente em apoio direto à gestão da produção da fábrica de uma empresa da indústria automóvel e mais tarde já numa equipa global de logística, mas em que o objetivo era o mesmo). Ou seja, conduzir os dados, integrá-los e harmonizá-los de forma a criar visualizações úteis e de fácil acesso para os stakeholders.

Atualmente na Bosch, em que me encontro desde Abril de 2021, o objetivo continua a ser o mesmo, mas no departamento de Recursos Humanos.

Neste momento encontro-me inserido no projeto Human Resources Analytics Platform, um nome complicado, mas que pode ser traduzido como um sistema que vai permitir a integração de várias fontes de dados de RH. Este projeto vai trazer robustez e novos pontos de vista a processos que já existem hoje em dia, mas que dependem de trabalho manual. O projeto é muito desafiante e ambicioso, não só do ponto de vista técnico, em que uma série de sistemas e softwares tem que estar “afinados” entre si, mas também do ponto de vista legal.

O meu dia-a-dia de trabalho passa então pelo contacto frequente com a equipa internacional desta solução em que estou inserido. Aqui trabalho com colegas da Alemanha, da Índia, do Vietname e da China, só para dar alguns exemplos. Este contacto é bastante desafiante, é preciso saber interagir com uma variedade de pessoas muito grande e culturalmente diferentes. Para mim poder trabalhar numa equipa assim é bastante recompensador, é uma aprendizagem constante de como estes colegas são, não só profissionalmente, mas também como pessoas.

De um ponto de vista mais técnico, o meu dia-a-dia de trabalho passa também muito pelo desenvolvimento em SQL (linguagem de bases de dados), coordenação de integração dos vários sistemas e apoio direto ao desenvolvimento dos relatórios visuais que serão então consultados pelas pessoas de interesse do relatório.

Eu penso que sou uma pessoa que se relaciona facilmente com os outros e me sinto sempre muito à vontade em conhecer colegas novos, portanto diria que no geral é-me fácil lidar com esta equipa internacional. Claro que às vezes o facto de falarmos em inglês entre todos com sotaques muito próprios, é sempre uma barreira adicional que tem que ser ultrapassada, mas a equipa é muito focada em conseguir o melhor resultado para a empresa e, com mais ou menos reuniões, consegue-se sempre chegar a um ponto de entendimento comum dos problemas.

Estas reuniões são de temas muito diversificados, podendo ser reuniões mais técnicas, em que é preciso discutir um detalhe de implementação, ou de assuntos mais abrangentes, como são por exemplo as Daily Meetings com a equipa toda.

No fim, é muito positivo ter a oportunidade de trabalhar numa equipa tão diversa e com excelentes profissionais. Espero poder continuar a fazê-lo durante toda a minha carreira.

A Bosch é todos os anos eleita por vários organismos como uma das melhores empresas para se trabalhar em Portugal e este resultado não é conseguido por acaso.

A Bosch é uma empresa muito flexível, que nos deixa à vontade para gerirmos o nosso tempo e capacidade da forma mais conveniente para nós e para a empresa. Acho que o equilíbrio que neste momento tenho é realmente difícil de ser melhor. Posso trabalhar de casa ou do escritório conforme me der mais jeito. O COVID mostrou-nos que é possível o home office sem perda de produtividade, mas o regresso à normalidade mostrou-me o quão importante é poder voltar ao escritório e ter contacto humano com os nossos colegas. Qualquer conversa é mais agradável cara a cara do que numa webcam.

Penso que no geral o management da Bosch é muito consciente de que só com um bom equilíbrio entre vida profissional e pessoal se consegue tirar o melhor dos colaboradores. Colaboradores mais felizes representam colaboradores mais produtivos. A mentalidade “fire fighting” que se vive nalgum tecido empresarial português leva a que grandes profissionais fiquem completamente esgotados e que não tirem o melhor de si, e para mim isso não é positivo para nenhuma das partes.

De forma geral, sinto que me enquadro com todos os valores da empresa, mas claro que há alguns que me falam mais alto como a responsabilidade e sustentabilidade, abertura e confiança e diversidade.

Responsabilidade e Sustentabilidade: é fundamental em 2022 trabalhar numa empresa com este valor. A Bosch atingiu já há uns anos a neutralidade carbónica e, num mundo com tantas empresas que não olham a meios para atingir lucros, sinto-me satisfeito de poder trabalhar num sítio assim. Apesar de eu como individuo ainda ter um longo caminho para percorrer no que toca a sustentabilidade, tento todos os dias fazer um bocadinho melhor, seja pela redução do consumo, seja na forma como me desloco para o trabalho. Desde o início do ano, comecei a vir para o escritório numa combinação de transportes públicos + trotinete elétrica.

Abertura e confiança: sinto este valor a trabalhar todos os dias com a minha equipa. Por mais que um assunto seja difícil de comunicar, todos nós estamos sempre conscientes das dificuldades e problemas que vão ser precisos ultrapassar. Identifico-me com este valor porque acredito que uma comunicação transparente é a chave para a resolução de todos os tipos de problemas.

Diversidade: este valor está presente no que já disse anteriormente, uma equipa diversa, traz novas ideias e pontos de vista diferentes; já uma equipa muito homogénea acaba, no meu ponto de vista, por ser um pouco fechada em si mesma e nos seus dogmas.